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RESENHA: A Chegada (2016)

  • https://pausadramatica.com.br
  • 23 de dez. de 2016
  • 2 min de leitura

A partir de agora, todas as listas de “filmes com alienígenas” que se prezem passarão a ter entre seus títulos A Chegada. Não que o incrível filme do diretor Dennis Villeneuve se resuma a “filme de ET”, ele vai muito além disso. Mas sim, os extraterrestres são uma parte fundamental da história.

Muito mais que uma ficção científica sobre invasão da Terra, A Chegada é um filme pessoal, um filme sobre uma mulher inserida naquele momento e como isso irá mudar sua vida para sempre. E aqui chegamos ao maior ponto forte do longa: Amy Adams. Esta atriz espetacular que não tem medo de se entregar despida de glamour ou de brilhos a uma personagem essencialmente íntima. Sua Dra. Louise Banks é tão extraordinária quanto os monstrengos de outro planeta com quem interage.

Para se explicar a história (ainda que resumida e superficialmente): um belo dia, 12 naves espaciais em formato de concha aparecem em diversos lugares da Terra, entre eles Venezuela, Rússia, China e, claro, Estados Unidos, países de línguas e culturas diferentes. As naves que parecem flutuar no ar não demonstram qualquer interação, comunicação ou interferência e ficam ali, paradas esperando que nós, seres humanos, façamos alguma coisa. Entre uma ou outra tática, o governo norte-americano coloca a linguista Louise Banks e o físico Ian Donnelly (Jeremy Renner) para tentar interagir com aquelas criaturas que devem ser, obviamente, potencialmente perigosas.

A Chegada parece então ser um filme sobre o poder e as dificuldades de comunicação. Se os cientistas têm suas dificuldades para se comunicar com os alienígenas em inglês e entender sua língua, o governo e o exército tentam se entender em russo, espanhol e chinês enquanto tentam trabalhar em conjunto numa tarefa que parece mais difícil que se comunicar com seres de outro planeta.

Mas assim como rotular o filme de “filme de ET”, chamá-lo de um filme sobre linguagem é minimalizar o poder perturbador que há em seu conteúdo. A Chegada é um filme lento, de ritmo próprio, que agradará a uma pequena parcela de público. Isso é verdade. Porém, é também um dos melhores filmes do ano. Daqueles filmes que, quando acaba, inevitavelmente você estará na ponta da poltrona de boca aberta se perguntando: será que eu faria a mesma coisa?

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