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O CORVO (The Crow) - Conheçam um pouco mais sobre este CULT dos anos 90!


“As pessoas acreditavam que quando alguém morria ,um corvo carregava sua alma para a terra dos mortos. Mas às vezes, algo tão ruim acontece que uma enorme tristeza é levada junto com ela e a alma não consegue descansar. E às vezes ,apenas às vezes, o corvo pode trazer a alma de volta para consertar as coisas”



Eu sou Adilson Kal, colaborador do PIPOCULT, e hoje eu vou falar de um filme um pouco mais cult, de 1994 e um de meus favoritos de todos os tempos: O Corvo.


O Corvo (The Crow), é um romance gótico baseado nos quadrinhos de James O’Barr com o mesmo título e foi dirigido por Alex Proyas. James se inspirou no poema The Raven de Edgar Allan Poe, que no Brasil ganhou uma tradução muito boa feita por Machado de Assis com o título de O Corvo. Notem que o nome da personagem e herói da obra de James é Eric (Herói) Draven (The Raven).

O enredo é o seguinte: Eric Draven (Brandon Lee) e sua noiva, Shelly Webster (Sofia Shinas) são brutalmente assassinados em 30 de outubro, a Noite do Demônio (Devil’s Night), um dia antes do Halloween. Após um ano, um corvo trás Eric de volta do mundo dos mortos, como narra o poema da abertura do filme. Ele volta ao seu antigo loft onde recobra as memórias e a dor da sua morte e de sua noiva. Eric pinta seu rosto como uma de suas máscaras no loft e dá inicio à uma caçada para vingar-se de seus assassinos.


Uma das coisas mais bonitas do filme é a ligação que as almas de Eric e Shelly tem uma com a outra porque faz você pensar em almas gêmeas e em amor verdadeiro. E a ambientação do filme, sempre muito sombrio, chuvoso e um tanto melancólico até contrasta muito com isso, pois como é possível crer em tais coisas vivendo num mundo assim, escuro e aparentemente sem esperanças?

O filme contém alguns poemas que são recitados por Sarah, e o meu favorito é um em que ela diz:

“Um prédio é incendiado e tudo o que restam são cinzas. Eu achava que isso acontecia com tudo, família, amigos, sentimentos… Mas agora eu sei que às vezes, se o amor é real e duas pessoas devem ficar juntas NADA pode mantê-las separadas.”


Nesse poema, Sarah descreve como é forte o laço entre Eric e Shelly, pois nem mesmo a morte pôde separá-los. O filme é o tempo todo muito intenso em seus acontecimentos e a busca de Eric por justiça é algo muito interessante. Não sou a favor da “justiça com as próprias mãos” mas acho que a luta dele vai além da vingança, é algo muito mais profundo. E algo que fica muito claro é o quão real é o amor dele por ela, pois o tormento de sua alma se deve não ao fato de ele ter sido morto, mas foi todo o sofrimento pelo qual ELA passou. Eric mata, um a um, os seus assassinos e, com o auxílio do sargento Albrecht (Ernie Hudson), que trabalhou no caso de seu assassinato, se encontra com o maior criminoso da cidade, Top Dollar (Michael Wincott) e a sua irmã, que conseguem apanhar o corvo, o link de Draven entre a terra dos mortos e o mundo dos vivos, e fazer com que ele perca seus poderes.


O filme também dá bastante ênfase a amizade de Eric e Shelly com Sarah (Rochelle Davis), uma garotinha de quem Shelly tomava conta e que acaba sendo a ísca que Top Dollar usa para atrair Eric.

O Corvo foi marcado pela morte de Brandon Lee, filho do lendário Bruce Lee, durante as filmagens e que acabou deixando seu último e melhor trabalho, inacabado.


“Uma das cenas rodadas para o filme requeria que uma arma fosse carregada, engatilhada e apontada para a câmera mas, por causa da curta distância do take, a munição carregada era de verdade mas sem pólvora. Após a realização desta cena, o assistente do armeiro (não o armeiro, que já havia deixado o set) limpou a arma para retirar as cápsulas, derrubando um dos projéteis no cano. A cena seguinte a ser filmada envolvendo aquela arma era o estupro de Shelly, sendo que a arma foi carregada com festim (que normalmente tem duas ou três vezes mais pólvora do que um projétil normal, para fazer um barulho alto). Lee entrou no set carregando uma sacola de supermercado contendo um saco de sangue explosivo. No roteiro constava que Funboy deveria atirar em Eric Draven quando ele entrasse na sala, estourando o saco de sangue. O projétil que estava preso no cano foi disparado em Lee através da sacola que ele carregava, matando-o.” – Fonte: Wickpédia


Essa fatalidade acabou dando ao filme uma atmosfera mais realista e assim a “magia” da estoria parece muito mais convincente e cativante além de seus poemas e frases de efeito.


Um show a parte nesse belo filme é a trilha sonora que é composta por grandes nomes do Rock como The Cure, Machines Of Loving Grace, Stone Temple Pilots, Nine Inch Nails e Pantera. O Score (trilha sonora instrumental) é por conta de Graeme Revell que tem em seu currículum algumas obras como Street Fighter (1994), Power Rangers: O Filme (1995), Spawn (1997), O Negociador (1998), Lara Croft: Tomb Raider (2001), Freddy vs. Jason (2003), Daredevil (2003) e Sin City (2005).


Houveram 3 sequências de O Corvo para as telonas, O Corvo: Cidade Dos Anjos(com Vincent Perez e participação de Iggy Pop, a única sequencia que vale a pena assistir rs), O Corvo: Salvação (com Kirsten Dunst, bem fraquinho…) e O Corvo: Vingança Maldita ( com Edward Furlong… você deve se lembrar dele como John Connor de O Exterminador do Futuro 2). Foi produzida também uma série para a TV chamada O Corvo: Uma Escada Para O Céu, com Mark Dacascos mas o projeto não agradou aos fans e acabou cancelado ainda na primeira temporada.


Então eu termino aqui esta resenha com mais um quote do filme e espero que você tenha gostado.


“Se as pessoas que amamos são tiradas de nós, um jeito de mantê-las vivas é continuar amando-as.”


“Os prédios queimam, as pessoas morrem, mas o amor verdadeiro é para sempre.”



© 2015 por Pipocult - "Sou um nerd a mais tempo!" - Guttão Sorocaba

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